Hospitais particulares de diversas regiões do Brasil começam a ser afetados pela greve de caminhoneiros, que nesta segunda-feira (28) já está em seu oitavo dia.
Em carta da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados), assinada por 105 hospitais, a associação afirma que “muitos hospitais não conseguirão mais garantir o acesso e a continuidade do cuidado dos pacientes que necessitarem de tratamento” caso nenhuma medida contra a paralisação seja tomada.
Hospitais referência estão entre os que assinaram a carta, como o A.C. Camargo Center, Sírio-Libanês e Israelita Albert Einstein, todos em São Paulo.
A associação chama atenção para a falta de medicamentos essenciais, como para o tratamento de quimioterapia e diálise, além de: escassez de alimentos para a dieta dos pacientes internados; ambulâncias paradas por conta da falta de combustível; escassez de rouparia limpa nas instituições; e problemas no recolhimento do lixo hospitalar. O estoque de sangue nos bancos de hospitais está em níveis “preocupantes”.
Também há dificuldade por parte de médicos e demais funcionários de chagarem às instituições, o que, segundo a ANAHP, “dificulta, e por vezes impede o atendimento aos pacientes”.
“Assim alertamos mais uma vez que autoridades de governo e movimento grevista entendam a gravidade do problema e intercedam pela sua solução, adotando imediatamente as ações necessárias para evitar a paralisação dos hospitais”, pede a ANAHP.
A recomendação da associação é de que os pacientes entrem em contato com os hospitais que assinaram a carta para obter informações sobre o atendimento.
O SUS também é afetado pela paralisação: em São Paulo, as cirurgias eletivas em hospitais municipais foram adiadas; também foi suspensa a remoção de pacientes para exames eletivos e de rotina nas UBS (Unidades Básicas da Saúde). O Ministério da Saúde informou em comunicado que o atendimento nas unidades é de responsabilidade das secretarias municipais e estaduais.
InfoMoney