Guido Mantega informou nesta semana ao juiz Sergio Moro que o US$ 1,3 milhão que mantém em uma conta no exterior foi depositado por Victor Sandri. O empresário foi apontado na delação de Joesley Batista como intermediador de propina para o ex-ministro da Fazenda.
ORIGEM
Mantega, que nega ter recebido qualquer recurso escuso, afirma que os “ativos em questão” tiveram origem “em negócio imobiliário celebrado com a construtora e incorporadora Sandri Projetos e Construções”, que pertence ao empresário.
DESTINO
Sandri, segundo a petição enviada ao magistrado, adquiriu terrenos da família de Mantega “e lá edificou o empreendimento Atrium VII”, de escritórios, na Vila Olímpia.
BAÚ
A defesa diz que a relação comercial entre Mantega e o empresário começou nos anos 1990. A transação que resultou no depósito no exterior foi realizada em 2001, antes de o petista ocupar cargos no governo. O pagamento foi feito em 2005, quando o empreendimento foi entregue.
EM OUTRA
Os advogados dele alegam que, “ainda que se cogite de algum ilícito”, o que “se refuta veementemente”, a competência para investigar a relação de Sandri e Mantega é da Justiça Federal do DF (Distrito Federal), que já toca outro inquérito.
ROTINA
Mantega, que ficou viúvo em novembro, se divide hoje entre depoimentos semanais à Justiça e os cuidados com o filho adolescente, que deixou a escola para fazer um tratamento psiquiátrico.
EM FALTA
Paulo Maluf foi autorizado a sair de casa três vezes por semana, para sessões de fisioterapia. Ele está até hoje sem tornozeleira, já que não há equipamentos suficientes do estado para todos os que estão em prisão domiciliar.
VISITA
Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB a presidente, pediu à equipe de Lula para encaixá-la na fila de amigos que esperam para visitá-lo na prisão. Guilherme Boulos, presidenciável do PSOL, também já manifestou desejo de ver o ex-presidente.