Jeff Beck e Johnny Depp lançam novo álbum ’18’ compartilham novo single

Jeff Beck e Johnny

Depp Para lançar o novo álbum ’18’ em 15 de julho Primeiro single, The Depp Original “This Is A Song For Miss Hedy Lamarr” sai hoje Jeff Beck e Johnny Depp estão atualmente em turnê na Europa Até 25 de julho

Jeff Beck encontrou uma alma gêmea em Johnny Depp quando os dois se conheceram em 2016. Eles se uniram rapidamente por causa de carros e guitarras e passaram a maior parte do tempo juntos tentando fazer o outro rir. Ao mesmo tempo, a apreciação de Beck cresceu pelas habilidades sérias de composição de Depp e seu ouvido para a música. Esse talento e sua química convenceram Beck de que deveriam fazer um álbum juntos. Depp concordou e eles começaram em 2019. Nos três anos seguintes, eles gravaram uma mistura de originais de Depp junto com uma ampla variedade de covers que abordam tudo, desde Celtic e Motown, até Beach Boys e Killing Joke. Em 2020, durante a pandemia, eles visualizaram sua colaboração com a capa oportuna de “Isolation”, de John Lennon. O álbum de 13 faixas da dupla, apelidado de 18, chegará em 15 de julho. Beck explica o título do álbum: “Quando Johnny e eu começamos a tocar juntos, isso realmente acendeu nosso espírito jovem e criatividade. Nós brincávamos sobre como nos sentíamos aos 18 anos novamente, então isso se tornou o título do álbum também.”

Assista “This Is A Song For Miss Hedy Lamarr” 18 estará disponível em CD e digitalmente, com uma versão em vinil preto de 180 gramas chegando em 30 de setembro. A capa apresenta uma ilustração de Beck e Depp aos 18 anos, desenhada e desenhada pela esposa de Beck, Sandra. Antes do lançamento de 18, Beck lançou uma turnê européia, com Depp como convidado especial, que terminará em 25 de julho no L’Olympia em Paris. Nos últimos 12 anos, Depp gravou e excursionou com o Hollywood-od Vampires, uma banda que ele começou com Alice Cooper e Joe Perry. O supergrupo lançou dois álbuns de estúdio que incluem participações de alguns dos maiores nomes do rock: Paul McCartney, Dave Grohl e Joe Walsh. A lista também inclui Beck, que tocou guitarra em “Welcome To Bushwackers”, música de Rise, o segundo álbum dos Vampires, lançado em 2019. Logo depois, Depp pediu a Beck para liderar uma música que ele havia escrito, o primeiro single do álbum “This Is A Song For Miss Hedy Lamarr”, uma homenagem à atriz/inventora. Beck diz que foi o catalisador para a colaboração e é uma de suas músicas favoritas no novo álbum. “Fiquei deslumbrado com isso”, diz. “Essa música é uma das razões pelas quais eu pedi a ele para fazer um álbum comigo.” A faixa está disponível hoje digitalmente, juntamente com um videoclipe que o acompanha. Sobre Beck, Depp acrescenta: “É uma honra extraordinária tocar e escrever música com Jeff, um dos verdadeiros grandes nomes e alguém que agora tenho o privilégio de chamar de meu irmão”.

No estúdio, Beck diz que ele e Depp se desafiaram a sair de suas zonas de conforto com as músicas que escolheram para fazer um cover. “Não tenho outro parceiro criativo como ele há séculos”, diz Beck. “Ele foi uma grande força neste álbum. Eu só espero que as pessoas o levem a sério como músico, porque é difícil para algumas pessoas aceitarem que Johnny Depp pode cantar rock and roll.” Depp justifica a fé de Beck no novo álbum mostrando seu incrível alcance emocional em músicas como “Venus In Furs” do Velvet Underground, a balada “Let It Be Me” dos Everly Brothers e o clássico soul de Marvin Gaye “What’s Going On”.

Nos instrumentais, Beck demonstra por que ele é universalmente reverenciado como um deus da guitarra com versões impressionantes de “Midnight Walker” de Davy Spillane e duas músicas da obra-prima dos Beach Boys, Pet Sounds –

“Caroline, No” e “Don’t Talk

(Put Sua cabeça no meu ombro).”

Lista de faixas de Jeff Beck e Johnny Depp ’18’ “Midnight Walker” (capa de Davy Spillane)

Jeff Beck and Johnny Depp ’18’ Track Listing

“Midnight Walker” (Davy Spillane cover)
“Death And Resurrection Show” (Killing Joke cover)
“Time” (Dennis Wilson cover)
“Sad Motherfuckin’ Parade” (Johnny Depp original)
“Don’t Talk (Put Your Head On My Shoulder)” (Beach Boys cover)
“This Is A Song For Miss Hedy Lamarr” (Johnny Depp original)
“Caroline, No” (Beach Boys cover)
“Ooo Baby Baby” (The Miracles cover)
“What’s Going On” (Marvin Gaye cover)
“Venus In Furs” (The Velvet Underground cover)
“Let It Be Me” (The Everly Brothers cover)
“Stars” (Janis Ian cover)
“Isolation” (John Lennon cover)*

*Available on digital and CD version only

JEFF BECK Tour Dates
June 19 Helsinki Helsinki Blues Festival
June 20 Tampere Tamere-talo Oy
June 24 Oslo Sentrum Scene
June 25 Kristiansund Tahiti Festival
June 27 Stockholm Annexet
June 28 Copenhagen Amager Bio
June 29 Randers Værket
June 30 Randers Værket
July 2 Oslo Sentrum Scene
July 3 Bergen Bergenhus Fortress
July 14 Saint-Julien-en-Genevois Guitare en Scene 2022
July 15 Montreux Montreux Music & Convention Center
July 17 Perugia Arena Santa Giuliana
July 18 Gardone Riviera Il Vittoriale Degli Italiani
July 20 Pordenone Parco San Valentino
July 21 Cattolica Arena della Regina
July 23 Vitrolles Jardin Sonore Festival
July 24 Marciac Jazz in Marciac
July 25 Paris L’Olympia

*All dates subject to change

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Mais de 33 milhões de brasileiros passam fome, diz pesquisa Levantamento da Rede Penssan

O país “regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”…
Uma pesquisa divulgada nesta 4ª feira (8.jun.2022) diz que cerca de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil. É quase o dobro do registrado em 2020.

O dado faz parte do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional). Eis a íntegra (19 MB).

Atualmente, mais da metade (58,7%) da população brasileira vive com insegurança alimentar, segundo o estudo.

Depois de 2 anos de pandemia e com o início da guerra na Europa, da Rússia contra a Ucrânia, a recuperação da economia ficou mais lenta. O eleitorado mais pobre (46% dos eleitores têm renda familiar de até 2 salários mínimos) é o mais afetado. Os dados sobre segurança alimentar assustam o governo de Jair Bolsonaro, que tem tentado encontrar formas de mitigar o problema.

O maior desafio em algumas regiões é prover famílias mais pobres condições para adquirir bens básicos, como gás de cozinha. Muitas comunidades carentes hoje fazem comida cozinhando em fogões a lenha improvisados.

De acordo com o Penssan, os principais fatores responsáveis pelo crescimento do número de brasileiros que sofre com insegurança alimentar, em diferentes níveis, são “a continuidade do desmonte de políticas públicas, a piora na crise econômica, o aumento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia da covid-19”.

O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, afirma o relatório. O 1º inquérito, divulgado em abril do ano passado, estimava que cerca de 19 milhões não tinham o que comer em 2020. Em 2018, eram 10,3 milhões.

Os resultados da pesquisa divulgada nesta 4ª mostram que 41,3% dos domicílios consultados estão em situação de segurança alimentar, enquanto em 28% havia incerteza quanto ao acesso aos alimentos e à qualidade da alimentação, considerada insegurança alimentar leve.

A restrição quantitativa aos alimentos foi registrada em 30,7% dos domicílios, sendo que em 15,5% deles as pessoas convivem com a fome, classificada como insegurança alimentar grave.

Em termos populacionais, de acordo com o levantamento, são 125,2 milhões de brasileiros em domicílios com insegurança alimentar e mais de 33 milhões na forma mais grave.

A Rede Penssan utilizou a Ebia (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar) –mesma utilizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)– para fazer a classificação.

Nela, é considerada segurança alimentar o acesso pleno e regular a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar é dividida em 3 níveis:

  • leve – quando há preocupação ou incerteza quanto o acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos para não comprometer a quantidade;
  • moderada – quando há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação;
  • grave – quando há ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio, incluindo crianças. Nesse nível de insegurança alimentar, as pessoas convivem com a fome.

Ao todo, os pesquisadores fizeram entrevistas presenciais com adultos em 12.745 domicílios brasileiros, nos 26 Estados e no Distrito Federal, nas zonas rural e urbana. A coleta de dados foi realizada de novembro de 2021 a abril de 2022.

PERFIL DOS BRASILEIROS COM FOME

O levantamento verificou que a desigualdade no acesso aos alimentos é mais comum em domicílios rurais, onde 18,6% enfrentam a fome. Entre as famílias com insegurança alimentar grave, 25,7% vivem na região Norte, e 21%, no Nordeste.

Também de acordo com o relatório, a fome está presente em 43% das famílias com renda per capita de até 1/4 do salário mínimo, e atinge mais as residências em que mulheres e/ou pessoas que se denominam de cor preta ou parda são chefes da família.

METODOLOGIA DA PESQUISA

O estudo entrevistou 12.745 pessoas de todos os Estados do Brasil e do Distrito Federal em visitas domiciliares. O período da pesquisa foi de novembro de 2021 a abril de 2022, mais longo que o comum por causa das fortes chuvas na Bahia e em Minas Gerais.

A amostra foi maior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que permitiu segmentações mais específicas para essas áreas. No caso dos dados para todo o Brasil, o número de entrevistas foi ponderado para refletir a representatividade de cada região dentro da população.

Foram feitas entrevistas em todas as macrorregiões brasileiras, incluindo 577 dos 5.570 municípios do país. No total, foram obtidas informações de 35.022 indivíduos nos 12.745 domicílios onde houve entrevistas.

PODER 360

Centrão ameaça desembarcar do governo Bolsonaro e dá ultimato

O Centrão parece perceber que a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro é praticamente irreversível e, por isso, ameaça desembarcar do governo. Mas antes, o grupo que dá sustentação política ao presidente deu um ultimato para tentar reverter os índices apontados pelas pesquisas eleitorais: é preciso resolver o problema do combustível.

Segundo deputados do Centrão ouvidos pelo DCM, a única possibilidade para tentar reverter a grave situação política de Bolsonaro é reduzir rapidamente o preço do combustível, porque afeta diretamente na vida do brasileiro. Para eles, caso consiga controlar esse valor, outros itens automaticamente seriam reduzidos e a eleição mudaria de configuração.

Acontece que os mesmos deputados já informaram que Bolsonaro resiste à ideia e tem dificultado em conter a crise. Entre membros do governo, também ligado ao Centrão, o otimismo de que o presidente viraria o jogo para cima de Lula já a partir de junho, acabou. Ninguém acredita que as pesquisas indicarão esse efeito neste mês e a cada dia as eleições ficam mais próximas.

O grupo tem se reunido constantemente, conforme apurou a reportagem, sem a presença de membros considerados ideológicos para que as conversam não cheguem a Bolsonaro. Neste momento, a visão predominante é de que as eleições estão praticamente decididas e que, neste cenário, o ideal é se distanciar do governo para não prejudicar futuras ligações com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por isso, Bolsonaro recebeu um ultimato de que precisa resolver a questão do combustível ainda na primeira parte de junho, caso queira ganhar a eleição. Mas os deputados consideram que o presidente já optou em ir por outro caminho, que é apostar no caos para tentar vencer. Embora ninguém acredite que isso ajudará, de fato.

DCM

Ação no STF pode livrar magistrados de pagar indenizações por ofensas

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se isenta os magistrados do Brasil de ações de danos morais por excesso de linguagem na Justiça comum. A Advocacia-Geral da União (AGU), em um pedido assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, requer à Corte máxima que eventuais injúrias cometidas por togados sejam julgadas somente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Atualmente, também é possível processar juízes e a União em ações na Justiça comum, para obter indenizações.

A ação da AGU foi movida em dezembro de 2020 e é inteiramente construída com base em sete processos que levaram à condenação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo, em razão de supostas ofensas a membros do Ministério Público e da magistratura. No total, essas condenações somam R$ 179 mil em indenizações.

Essa multa será bancada pela União, que é naturalmente processada para arcar com danos morais cometidos por agentes públicos federais. “Não conheço detalhes dessas ações. Não tive participação nelas”, disse o ministro ao ser procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a AGU, a Lei Orgânica da Magistratura e a Constituição Federal abrem somente espaço para que magistrados e a União sejam alvo de pedidos de indenizações a título de danos morais na hipótese de erro judiciário e excesso de tempo na prisão. Na hipótese de incorrerem em linguagem considerada ofensiva, ficam sujeitos apenas a punições na esfera administrativa – no âmbito do CNJ -, que tem como pena mínima uma advertência e pena máxima a aposentadoria compulsória.

A AGU afirma que, “ao se permitir que um juiz de primeira instância julgue a existência de eventual excesso de linguagem em uma manifestação de um desembargador, por exemplo, consente-se com uma clara subversão da ordem hierárquica existente no sistema Judiciário”. Para o órgão, a possibilidade de processar magistrados na Justiça comum pode fomentar “retaliações” contra o Judiciário, por meio de “seguidas ações de responsabilização por dano moral”.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou pela rejeição do pedido da AGU. Segundo Aras, o julgamento no CNJ não anula a possibilidade de haver uma ação de indenização por danos morais contra magistrados. “É bastante comum que um mesmo ato seja sancionado nas esferas penal, civil e administrativa. Isso se dá porque as instâncias são independentes.”

Relator
Sem entrar no mérito, o relator no STF, André Mendonça, decidiu no dia 22 de março, em liminar, suspender as sete ações de danos morais listadas pela AGU. Segundo o ministro, há “o risco de que decisões judiciais proferidas em possível desconformidade com o que vier a ser decidido” pela Corte “gerem, em desfavor do poder público, o pagamento de indenizações de difícil ou impossível reversão”. Enquanto o mérito não for analisado, ninguém será indenizado pelas falas de seu colega de tribunal.
O primeiro dos casos citados pela AGU diz respeito a uma ação movida pelo juiz federal Marcos Josegrei, responsável pela deflagração da Operação Carne Fraca, que mirou suspeita de pagamento de propina a fiscais do Ministério da Agricultura em troca de alívio a frigoríficos em fiscalizações sobre a qualidade da carne. Gilmar citou o magistrado em julgamento de um habeas corpus referente à investigação.
Disse o ministro: “O delegado – o nome precisa ser dito, não se pode esquecer – é Maurício Moscardi. O procurador que assina a denúncia é Alexandre Melz Nardes. E o juiz, Marcos Josegrei. Têm responsabilidade sobre isso. É uma coisa chocante, chocante”.

Prosseguiu: “Todos querem virar um (Sérgio) Moro (ex-juiz da Lava Jato), ganhar um minuto de celebridade. Não precisamos de corregedores, mas de psiquiatras. Porque é um problema sério. Quer dizer, os estrupícios se juntam e produzem uma tragédia. Produzem uma tragédia”.
A Justiça Federal no Paraná condenou a União a indenizar o juiz Josegrei em R$ 20 mil – a sentença foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4).
Em outro episódio citado pela AGU, cinco promotores do Ministério Público do Espírito Santo processaram Gilmar em razão de declaração feita durante o julgamento que proibiu a condução coercitiva para depoimento.

“O chefe do Gaeco do Paraná também foi surpreendido numa blitz embriagado. Veja bem, parece que o alcoolismo é um problema do Ministério Público hoje. Vai se fazer o quê? Bafômetro nas provas?”, disse o ministro. Todos os cinco obtiveram decisões para receber indenizações de R$ 20 mil da União.
No último caso da ação da AGU, Gilmar foi condenado a indenizar em R$ 59 mil o ex-procurador Deltan Dallagnol. No processo, Dallagnol disse ter sofrido reiteradas ofensas. O ministro declarou, por exemplo, que a força-tarefa da Lava Jato era uma “organização criminosa”.

Em outra ocasião, afirmou que os procuradores queriam lucrar com a investigação. E chamou os procuradores de “crápulas”, “cretinos”, “espúrios” e “voluptuosos”.
Ainda não há previsão para o julgamento do Supremo. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.

 

‘Economia russa está entrando em colapso’, diz ministro alemão

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou nesta quinta-feira ,2, que o corte de importações do gás e petróleo russo está afetando fortemente o desempenho da Rússia na guerra contra a Ucrânia.

“A economia russa está entrando em colapso”, disse Habeck em sessão do Parlamento alemão. Durante um debate sobre o orçamento do Ministério Federal da Economia e Proteção do Clima do país, o ministro defendeu que a Alemanha está cumprindo sua parte nas sanções impostas à Rússia ao reduzir as exportações de Moscou em 60% em março, com uma queda ainda mais acentuada esperada em abril.

Nos países aliados que participam das sanções, as exportações para a Rússia caíram 53% em relação aos meses anteriores, enquanto a queda entre os Estados neutros ou pró-Rússia foi de 45%, segundo o ministro.

“Putin ainda está recebendo dinheiro, mas… o tempo está correndo contra a Rússia”, disse ele.

Como resultado das sanções, Moscou perdeu o acesso a elementos cruciais para sua capacidade de combate na guerra, como atualizações de segurança para aviões. Segundo Habeck, aviões russos em breve estarão sucateados.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, principal fornecedor de gás da Europa, levou a União Europeia a repensar suas políticas energéticas. Antes da guerra, a Rússia fornecia 40% do gás do bloco e 27% de seu petróleo importado. Como estratégia para romper com sua dependência de combustíveis fósseis russos, o bloco lançou um plano de investimento de 210 bilhões na transição de países europeus para a energia verde até 2027.

A Alemanha, maior economia do continente europeu, estava evitando impor embargos sobre importações da Rússia, uma vez que sua própria economia é muito dependente do gás russo.

A posição do país começou a mudar no final de março, com a pressão da União Europeia por punições mais pesadas à Rússia, devido a suspeitas de um massacre cometidos por soldados russos contra civis na cidade de Bucha, próxima à capital ucraniana,  Kiev.

A exigência do Kremlin de que os suprimentos de energia fossem pagos em rublos, moeda russa, também foi decisiva para a Alemanha começar a se livrar da dependência em relação ao país governado por Vladimir Putin.

Na ocasião, ocorrida no mês de abril, o chanceler alemão, Olaf Scholz, se comprometeu a abandonar o carvão e o petróleo russo até o final de 2022.

VEJA

Calamidade eleitoral

Em busca de qualquer solução que reverta a estagnação revelada pelas pesquisas eleitorais, o governo Jair Bolsonaro dobrou a aposta na gastança desenfreada sem pudor. Uma das mais novas manobras em estudo é utilizar a guerra entre Rússia e Ucrânia – e seus efeitos sobre a cotação do petróleo e os preços de derivados, além de um risco de desabastecimento – como pretexto para editar um decreto de calamidade pública, recurso que havia sido adotado em março de 2020 para lidar com gastos extraordinários gerados pela covid-19. A outra possibilidade em análise é elaborar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nos mesmos moldes da PEC Emergencial, que garantiu a retomada dos benefícios a famílias carentes que ficaram desassistidas por meses em pleno auge da pandemia.

A meta é encontrar a alternativa menos afrontosa aos olhos dos órgãos de controle e que permita ao Executivo ignorar o teto de gastos e as restrições do período eleitoral para usufruir de créditos extraordinários que ampliem o valor do Auxílio Brasil e criem um subsídio para os combustíveis. O decreto seria a opção, não fosse o fato de que ele vedaria a concessão de reajustes a servidores– promessa que o presidente havia feito somente às forças de segurança, mas que terá de ser estendida a todo o funcionalismo público para desmobilizar uma greve geral. A PEC seria uma cartada menos teratológica ao fixar algum limite ao gasto extrateto e não impediria os aumentos salariais.

Não há dúvidas de que a guerra tem pressionado as cotações de petróleo e a inflação de alimentos em todo o mundo, mas tentar usar essa situação para driblar restrições legais e fiscais com o objetivo de extrair benefícios eleitorais é uma desfaçatez como poucas vezes se viu nesse governo.

Calamidade é um estado anormal associado a um desastre natural ou provocado, caso do novo coronavírus, que sobrecarregou a rede hospitalar de países desenvolvidos e vitimou centenas de pessoas em questão de semanas. O desconhecimento sobre tratamentos eficazes e a ausência de vacinas para uma doença recém-descoberta fundamentaram quarentenas que afetaram cadeias produtivas e empregos no mundo todo. Socorrer os mais pobres e reforçar o caixa dos Estados e municípios para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) era imprescindível. Calamidade, certamente, expressa a situação de violência criminosa a que ucranianos estão submetidos há mais de três meses pela Rússia, mas os efeitos da guerra afetam os brasileiros e o restante do mundo de forma indireta. É um imperativo moral reconhecer essa diferença.

Diversos países têm recorrido a ações extraordinárias para conter os impactos do conflito sobre seus cidadãos sem decretar calamidade. Reino Unido e Itália aplicaram um imposto sobre o lucro das empresas de óleo e gás para financiar o apoio a famílias vulneráveis. A Alemanha lançou um pacote de incentivo ao transporte público ao baratear passagens de trem e anunciou um apoio financeiro adicional aos mais carentes. A França concedeu descontos para os combustíveis de forma mais ampla, mas garantiu reembolso às distribuidoras por eventuais perdas. Em comum a todas essas iniciativas há objetivo claro, alvo definido, fonte de recursos e espaço temporal para sua vigência.

O governo brasileiro poderia fazer algo semelhante, mas prefere atuar de forma absolutamente destrambelhada, inclusive abrindo mão de impostos. Sem norte, cogita e anuncia tantas e tão disparatadas medidas– mudança na política de preços da Petrobras, estudos para a privatização da companhia, imposição de teto ao ICMS de combustíveis e energia e cancelamento de reajustes nas contas de luz – que deixa implícito que o objetivo não é minorar os efeitos da guerra na economia, mas acomodar no Orçamento loteado pelo Centrão todo e qualquer gasto que possa impulsionar a candidatura do presidente. Calamidade é sinônimo de catástrofe, e essa talvez seja a melhor palavra para descrever a gestão de Jair Bolsonaro. 

ESTADÃO

STF vai julgar decisão de Nunes Marques que devolveu mandato a bolsonarista

O STF (Supremo Tribunal Federal) irá analisar em plenário virtual na próxima terça-feira (7) a ação do deputado estadual paranaense Pedro Paulo Bazana (PSD) que questiona a decisão do ministro Kassio Nunes Marques de ter salvado o mandato de Fernando Francischini (União Brasil). Bazana era suplente e teve que devolver o cargo após a ordem do magistrado do Supremo.

Nunes Marques devolveu o mandato de Francischini após ele ter sido punido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2021 por compartilhar informações falsas sobre o processo eleitoral. O político foi condenado por ter afirmado, em uma live no dia das eleições de 2018, que urnas foram fraudadas para impedir eleitores de votarem no então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL).

A solicitação da análise pelo plenário foi feita pela ministra Cármen Lúcia ao presidente da Corte, Luiz Fux, que acatou o pedido. Como a ação de Bazana foi movida em um processo separado do julgado por Nunes Marques, o caso não caiu nas mãos do ministro, e Cármen Lúcia conseguiu levar o caso para o plenário.

Nos bastidores, Nunes Marques dizia a interlocutores que eventuais recursos contra sua decisão seriam julgados na 2ª Turma do STF, que ele mesmo preside. No plenário, conforme apurou o UOL, a decisão do ministro — que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) — deve ser derrubada.

A decisão de Nunes Marques criou um impasse entre suplentes e titulares da Assembleia. Isso ocorre porque quando o TSE determinou a cassação do mandato de Francischini, a Corte também anulou os 427 mil votos recebidos pelo parlamentar em 2018.

O reflexo direto da anulação dos votos foi a perda de mandato dos deputados estaduais Cassiano Caron, Emerson Bacil e Paulo do Carmo, todos do União Brasil, devido ao recálculo eleitoral. O trio havia sido alçado à Assembleia Legislativa do Paraná graças à votação expressiva de Francischini e agora, graças à decisão de Nunes Marques, poderá retornar aos cargos.

Além de Bazana, os deputados Adelino Ribeiro (PSD), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (União) também assumiram os cargos devido ao recálculo eleitoral feito com a anulação dos votos de Francischini.

UOL

Procuradora do MPF se reúne com familiares de Genivaldo

A procuradora Regional dos Direitos do Cidadão substituta, Lívia Tinôco, que coordena o procedimento cível sobre a morte em Umbaúba, no Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), se reuniu com os familiares de Genivaldo de Jesus Santos. A informação foi divulgada pelo MPF/SE.

De acordo com o órgão, no encontro com a viúva de Genivaldo de Jesus, Maria Fabiana, foi feito o acolhimento e escuta das demandas da família. A procuradora Lívia Tinôco também explicou o papel do MPF no caso, a tramitação das investigações e do processo judicial e reafirmou o comprometimento da instituição na apuração dos fatos relacionados à morte de Genivaldo de Jesus.

A procuradora Lívia Tinôco também se reuniu com três integrantes da comissão instituída pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para análise e esclarecimento dos fatos relacionados à morte de Genivaldo de Jesus.

“Na reunião, os integrantes da comissão da PRF apresentaram as medidas administrativas que já estão sendo tomadas no caso e responderam a questionamentos da procuradora sobre procedimentos de abordagem, uso de armas de menor potencial ofensivo, protocolos e treinamentos sobre abordagens a pessoas com deficiência e capacitação sobre questões raciais no Brasil para os policiais rodoviários federais”, esclareceu o órgão.

O procurador da República Rômulo Almeida acompanhou o encontro. Segundo o MPF, as informações serão usadas para subsidiar os procuradores na instrução dos procedimentos investigatórios em andamento no MPF, nos âmbitos cível e criminal.

Coleta de provas

Em conversa com jornalistas após reunião na qual a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) reiterou o pedido de prisão dos policiais rodoviários federais envolvidos, a procuradora-chefe do MPF/SE, Eunice Dantas, disse que a preocupação principal no momento é a coleta de provas. A procuradora esclareceu que a prisão preventiva é uma medida excepcional e que está analisando se há motivos para tal ação.

Com informações do MPF/SE

Ucrânia acusa Rússia de deportar ilegalmente seus cidadãos

O Conselho Municipal de Mariupol afirmou que o Exército russo deportou à força milhares de ucranianos para cidades na Rússia. “Durante a semana passada, vários milhares de residentes de Mariupol foram deportados para o território russo”, afirmou o órgão em mensagem divulgada no Telegram neste sábado (19/03).

“Os invasores retiraram ilegalmente pessoas do distrito de Livoberezhny e de um abrigo em um ginásio de esportes da cidade, onde mil pessoas (na maioria, mulheres e crianças) se abrigavam dos bombardeios constantes”, dizia a mensagem.

As autoridades acusam Moscou de cometer crimes de guerra, ecoando as declarações anteriores do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Ele disse que os ataques a Mariupol são atos de terror que “serão lembrados pelos próximos séculos”.

As acusações não puder ser verificadas por fontes independentes, Este, porém, é somente um entre vários relatos sobre residentes de Mariupol sendo transportados à força para a Rússia, onde são classificados pelas autoridades como “refugiados”.

A comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, Ludmila Denisova, afirmou que as pessoas deportadas foram levadas para campos de triagem, onde soldados russos verificavam seus telefones e documentos.

“Após a inspeção, eles eram transportados para Taganrog [na Rússia] e enviados por trem para várias cidades russas em depressão econômica”, escreveu, também através do Telegram.

“Nossos cidadãos receberam documentos que exigem sua permanência em determinadas cidades. Eles não têm o direito de sair por pelo menos dois anos, com a obrigação de trabalhar em locais específicos”, afirmou, sem apresentar evidências.

Denisova acusou a Rússia de graves violações das leis internacionais e da Convenção de Genebra, e pediu à comunidade internacional que intensifique as sanções contra Moscou.

Ataque a abrigo de civis

Neste domingo, uma postagem nos canais do Telegram do Conselho Municipal e do Parlamento ucraniano afirma que mulheres, crianças e idosos ainda estão presos nos escombros, após a escola de arte que os abrigava ser bombardeada por forças russas em Mariupol. O número de vítimas ainda não foi informado.

Os intensos combates nas ruas de Mariupol prejudicam a retirada de civis e o acesso da ajuda humanitária. A população sofre com uma forte escassez de alimentos, água e medicamentos. As autoridades locais afirmam que ao menos 2,3 mil pessoas morreram, muitas delas sendo enterradas em valas comuns.

Ministro Alexandre de Moraes ordena o bloqueio do Telegram no Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram. A medida valerá para todo o território brasilero e tem prazo indefinido. A decisão ocorre após reiteradas tentativas de contato com a empresa, que diz estar sediada nos Emirados Árabes Unidos.

Moraes atendeu a um pedido de bloqueio feito pela Polícia Federal. A suspensão do aplicativo decorre do não cumprimento de medida judicial que pede a exclusão de perfis que utilizam o Telegram para disseminar informações falsas. A PF não conseguiu contato com a empresa para o recebimento da decisão por quatro vezes.

Em sua decisão, Moraes afirmou que “a plataforma Telegram, em todas essas oportunidades, deixou de atender ao comando judicial, em total desprezo à Justiça Brasileira”. “O desrespeito à legislação brasileira e o reiterado descumprimento de inúmeras decisões judiciais pelo Telegram, – empresa que opera no território brasileiro, sem indicar seu representante – inclusive emanadas do Supremo Tribunal Federal – é circunstância completamente incompatível com a ordem constitucional vigente, além de contrariar expressamente dispositivo legal”, destacou.

Anteriormente, o Telegram havia impedido o acesso de perfis em território brasileiro, mas não havia excluído o usuários responsáveis pela desinformação. No entanto, era possível acessar as mensagens de outros países. Entre os pedidos para o bloqueio está o canal do bolsonarista Allan dos Santos. No ano passado, Moraes determinou a prisão do blogueiro, que está nos Estados Unidos. Há uma ordem para a extradição dele.

A interrupção do serviço não é imediata. A ordem para o bloqueio do aplicativo de mensagens ainda está em fase de cumprimento e as empresas de telefonia brasileiras estão sendo notificadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Os provedores de internet e as plataformas digitais devem “inviabilizar a utilização do aplicativo”, sob o risco de pagarem uma multa diária de R$ 100 mil.

A questão com o Telegram se arrasta já há alguns meses e se acentuou com a aproximação das eleições presidenciais de outubro. Para tentar combater a disseminação de notícias falsas, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) convocou todas as plataformas e mídias sociais para fazer parcerias. O Telegram nunca respondeu aos pedidos de contato feitos pelo TSE.

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